Câmbio e comércio exterior: entenda esta relação

Conteiner

Quem realiza comércio exterior, sejam operações de importação ou exportação, precisa se adequar às regras de câmbio brasileiras. Isso porque não existe livre circulação de moedas internacionais no país. Assim, todas as transações devem ser feitas mediante a troca.

Legalmente, não é possível utilizar moedas estrangeiras para pagar algum serviço ou produto dentro do país. Logo, a saída de reais ou a entrada de outras cédulas deve ser feita de maneira cambial, com a mediação de uma instituição autorizada pelo Banco Central do Brasil.Por isso, há uma relação direta entre o contrato de câmbio e o comércio exterior. Aproveite para saber mais sobre ela e entender como se aplica aos negócios de empresas nacionais!

O que é o contrato de câmbio?

Pelas normas brasileiras, o mercado de câmbio é o ambiente utilizado para realizar transações legais entre moedas. A troca de real por dólar, por exemplo, assim como de outras moedas internacionais, se dá por meio de um contrato de câmbio.

O contrato de câmbio é o documento que regula transações financeiras e de comércio exterior envolvendo dinheiro de diferentes países. Na prática, consiste em vender uma moeda e comprar outra.

Ele é largamente utilizado em contextos de turismo — em que se faz necessário trocar o real por outro tipo de cédula para viajar. Também é útil em remessas internacionais, para parentes ou empresas no exterior. 

E, claro, aplica-se ao comércio feito por empresas brasileiras que tenham sedes, filiais, fornecedores ou clientes em outros países. Assim, operações de importação e exportação estão expostas às questões cambiais.

O contrato de câmbio será necessário, portanto, sempre que for preciso fazer uma troca de moedas – por exemplo, entre o real e a moeda de outro país. 

Existem alguns principais tipos de operações envolvendo os contratos de câmbio – sempre intermediadas por instituições bancárias autorizadas pelo BACEN.

Os principais tipos de operações nos contratos de câmbio são:

  • exportação;
  • importação;
  • transferências;
  • operações de compra ou venda entre agentes autorizados;
  • alterações de contrato;
  • cancelamentos.

 

Qual é a relação entre câmbio e comercio exterior?

Como você viu, o câmbio precisa ser feito em relações de comércio exterior, diante da impossibilidade de utilizar moedas internacionais dentro do Brasil — assim como da necessidade de fazer pagamentos internacionais com a moeda do país de destino.

Desse modo, as empresas que têm negócios no exterior, ou diferentes tipos de relações comerciais, devem se adequar às normas desse tipo de negociação. Elas estão envolvidas diretamente nas influências da taxa de câmbio.

As variações cambiais podem gerar efeitos significativos no comércio exterior. Por exemplo, a desvalorização do real diante de outras moedas gera aumento no custo de empresas importadoras e pode causar retração econômica em alguns setores.

O real desvalorizado não afeta apenas as empresas pelo aumento do custo de máquinas ou equipamentos, mas também exerce efeito no consumidor final. Afinal, muitos dos preços praticados no país dependem da relação cambial — especialmente em relação ao dólar.

Já para as empresas que focam na exportação, a desvalorização do real diante das demais moedas pode trazer aumento dos lucros. Isso porque a venda se dará em uma moeda valorizada e os compradores internacionais podem aumentar seus pedidos diante da baixa do custo.

Considerando as oscilações cambiais, empresas que realizam comércio exterior precisam ficar atentas às necessidades de planejamento do negócio. Afinal, os impactos do câmbio sempre acontecerão e podem ser desafiadores em alguns momentos.

 

Como se dá o câmbio no comércio exterior?

A conversão entre moedas apresenta três etapas em uma relação de comércio internacional: a contratação, a negociação e a liquidação.

A contratação consiste na troca da moeda brasileira pela internacional (ou o contrário). Como falamos, a operação se dá por um banco ou instituição financeira autorizados pelo BACEN. No momento da contratação se dá o fechamento do câmbio.

Na fase de negociação é feita a apresentação dos documentos do embarque das mercadorias. Na exportação, a apresentação se dá pela empresa brasileira ao BACEN, enquanto na exportação ele recebe os documentos da empresa internacional.

Na última etapa, de liquidação, o processo é finalizado com a efetivação do envio do dinheiro e realizado de todos os pagamentos relacionados.

Em relação às modalidades de pagamento, ele pode ser:

  • antecipado, quando pago antes do embarque;
  • à vista, com cobrança feita por meio de um documento;
  • a prazo, quando a liquidação é efetuada em uma data de vencimento combinada entre as empresas;
  • por carta de crédito, um documento de garantia internacional a favor do exportador.

Além disso, existem algumas formas de financiamento a prazo. Por exemplo,

  • ACC — antecipação sobre contrato de câmbio;
  • ACC indireto;
  • ACE — adiantamento sobre cambiais entregues.

 

Como funciona o mercado cambial brasileiro?

Em nosso país, o fechamento do câmbio envolve a formalização de um cadastro. Para ele, são necessários o contrato social e o estatuto da empresa, assim como comprovante de endereço e balanço de operações financeiras.

Os documentos referentes a cada negociação de importação ou exportação também devem ser enviados ao BACEN. Apenas assim pode ser feito o contrato de câmbio para realização do comércio exterior.

Logo, esse é o caminho para realizar pagamentos ou receber créditos negociados com outro país. Até a efetivação do contrato, as moedas serão trocadas e a empresa pode quitar suas pendências em dinheiro estrangeiro ou receber seus pagamentos em reais.

O preço da moeda internacional convertida para reais se refere à taxa de câmbio. Ela varia de acordo com cada moeda — e, claro, está exposta às variações do mercado financeiro.

Caso surja a necessidade de modificar ou mesmo cancelar o contrato de câmbio, existem formulários específicos para isso junto ao Banco Central. Contudo, há limitações em relação às mudanças – por isso, é preciso se informar sobre cada situação.

 

Por que fazer o câmbio no BTG Pactual?

As empresas, empresários e profissionais que atuam no âmbito do comércio exterior precisam entender sobre o assunto para não serem pegos desprevenidos na hora de lidar com os processos. O conhecimento também ajuda a fazer as melhores escolhas de câmbio.

Até aqui, você viu que os contratos câmbio no comércio exterior precisam seguir as regras do BACEN e contar com instituições mediadoras para realizar a troca das moedas. O BTG Pactual é uma dessas instituições e apresenta vantagens relevantes para seus clientes.

Optar pelo melhor banco para intermediar as operações é importante. O BTG oferece estrutura de qualidade para recebimentos e pagamentos internacionais e comércio exterior. Suas negociações podem ser feitas com agilidade e segurança que somente o maior banco de investimentos da América Latina pode lhe oferecer.

Aproveite as informações deste post sobre câmbio e comércio exterior para organizar da melhor forma as importações e exportações da sua empresa. Afinal, realizar negócios em moedas diferentes não precisa ser um desafio.

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