O TJ-RS sofreu um ataque hacker – como fica o meu precatório?

No dia 28 de abril, os sistemas do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul foram alvo de um ataque hacker, que os tornou indisponíveis por pelo menos 24 horas e, no momento, funcionam parcialmente. Segundo nota oficial do Tribunal, “os servidores trabalham diuturnamente para o restabelecimento dos sistemas com a máxima brevidade possível”.

As plataformas themis e e-themis, que dão acesso a cerca de 75% dos processos, estão inacessíveis. São mais antigas e foram criadas pelo próprio judiciário

O sistema que pode ser acessado é o eproc, uma plataforma mais moderna, que não possui vinculação direta com o sistema do TJ e não necessita de acesso pela rede interna. O provedor fica hospedado no exterior, e foi tirado do ar no dia do ataque, por precaução. No entanto, ele representa apenas 25% dos processos, já que é utilizado há apenas um ano.

Prazos incertos a partir de agora

Como medidas práticas, foram suspensos os prazos dos processos físicos e eletrônicos, tanto na área judicial quanto administrativa, sem previsão de retorno até que os sistemas sejam normalizados. Também estão suspensas as sessões de julgamento telepresenciais.

Audiências estão sendo realizadas, mas com prioridade para casos urgentes, como Lei Maria da Penha, guarda de filhos e pensão alimentícia.

Apesar de não ser o primeiro, o alcance desse ataque é sem precedentes: não se sabe sequer se os processos antigos poderão ser reabilitados, porque os sistemas estão inoperantes. Segundo sites especializados, há indícios de que os responsáveis pelo ataque seriam o grupo REvil, especializado em extorquir organizações mediante o sequestro de dados. No mês de abril, o grupo ameaçou divulgar dados sigilosos da Apple se não recebesse um resgate de US$50 milhões.

Um risco adicional ao carregar o precatório

Esse caso demonstra o chamado risco cibernético que um detentor de um precatório pode correr ao longo do processo. Mesmo com um sólido plano de pagamento de precatórios para 2021 (apresentado pelo governo do Rio Grande do Sul em setembro passado), com um cronograma de pagamentos estabelecido e um esforço do governo em redesenhar fluxos, um evento externo inesperado coloca o pagamento em suspensão. Dependendo do comprometimento dos sistemas do TJ-RS, o processo pode ter seus dados vazados ou corrompidos, correndo o risco de protelamento indefinido. É um risco que está além do controle até das instituições processuais.

 

O que é hedge cambial?

O termo hedge se refere a uma operação de proteção nos investimentos. Ele é muito utilizado por investidores que querem ter mais segurança, por exemplo, diante de quedas em preços de ativos, taxas ou índices.

Moedas também são um fator que levantam a necessidade de se proteger. Afinal, a variação no câmbio pode trazer muita insegurança e perdas na carteira de investimentos. Daí, a relevância do hedge cambial, relacionado às oscilações de moedas estrangeiras.

Para empresas, o hedge cambial é uma forma de buscar mais estabilidade diante de um mercado de câmbio que está sempre oscilando e pode levar a uma desvalorização intensa do Real em relação a moedas internacionais.

Empresas que realizam negócios no exterior ficam muito expostas a riscos. Se a cotação do Dólar subir, por exemplo, os custos delas ficarão mais caros, já que será preciso desembolsar mais dinheiro para arcar com as responsabilidades que têm com outros países.

Por isso, entender o que é e como o hedge cambial pode ser útil a estes negócios se torna fundamental.

 

Como o hedge cambial para empresas funciona?

O hedge cambial pode ser feito de diversas formas no mercado financeiro. Existem várias opções e cabe a cada empresa entender a que melhor se adéqua às necessidades que apresenta. De modo geral, o funcionamento consiste em se expor a operações com Dólar.

Assim, a empresa mantém uma parte do capital protegido contra variações intensas, já que ter investimentos em Dólar protegeria o montante contra as perdas causadas pela desvalorização do Real. Logo, é possível estabilizar o patrimônio e ter melhores condições de pagar suas obrigações.

O hedge cambial feito por uma empresa precisa ser planejado. Isto é, é necessário entender qual é o objetivo da operação, qual seria o prazo dela e qual montante de capital é preciso investir com esse intuito.

Uma das formas de negociar com moedas no mercado financeiro é adquirindo o ativo em si. Mas as operações de hedge cambial são variadas e apresentam possibilidades mais interessantes para as empresas que precisam da proteção contra a variação do câmbio. 

Por exemplo:

  • Contrato a termo de moeda ou NDF;
  • Contratos futuros de dólar;
  • Contrato de opções sobre taxa de câmbio.

 

Quais as vantagens para empresas?

Em muitos negócios, o hedge cambial é indispensável para manter a saúde financeira e permitir que as negociações internacionais continuem acontecendo. 

Então, se você deseja estabilidade e busca manter boa margem de lucro para sua empresa, confira as vantagens que o hedge cambial pode trazer para o seu negócio:

Proteção contra oscilações do Dólar

O principal motivo para realizar o hedge cambial, sem dúvida, é estar mais seguro diante de possíveis oscilações do Dólar. Sabemos que o Real vem de um histórico de desvalorização nos últimos anos.

Com isso, pessoas ou empresas que tenham compromissos no exterior veem seus gastos ficarem cada vez mais caros. Uma viagem para os Estados Unidos, por exemplo, custa mais para um brasileiro do que custava há alguns anos — assim como os produtos importados de lá.

Se as empresas não se protegem com o hedge cambial, organizar o financeiro pode ficar muito difícil com o passar do tempo. Afinal, os custos aumentam não pela evolução natural dos preços, mas pela oscilação do câmbio – tornando quase impossível manter o mesmo nível de investimento para um determinado objetivo.

Promoção de maior estabilidade

É muito complexo planejar financeiramente um negócio que depende da cotação do Dólar ou de outras moedas para realizar suas operações financeiras. Afinal, como ter estabilidade se os seus custos podem ser um valor hoje e outro maior no mês seguinte?

Para manter as importações e outros relacionamentos internacionais vale a pena considerar o hedge cambial para empresas. Assim, é possível contar com condições menos voláteis em relação à cotação da moeda para organizar seu negócio no futuro.

Manutenção da capacidade de pagamento

A dependência do câmbio traz uma dificuldade ligada aos pagamentos da empresa: quando os custos feitos hoje envolvem uma data de pagamento futura você não sabe exatamente qual será o câmbio no dia combinado.

Essa característica, se for mal gerida, pode trazer inúmeros problemas e prejuízos para a empresa — corroendo sua capacidade de pagamento no longo prazo. Logo, o hedge cambial é essencial para manter o fluxo de caixa equilibrado.

Segurança em momentos de crise

Se operações de hedge com moedas já são importantes no dia a dia, em períodos de crise elas se tornam ainda mais necessárias. Sabemos que costuma haver, por exemplo, uma correlação negativa do Dólar com a bolsa de valores.

Ou seja, quando a economia brasileira enfrenta problemas, a cotação do Dólar costuma aumentar. As oscilações bruscas são um perigo para empresas com relações internacionais. Então, em momentos de crise ou tensão você depende do hedge para controlar a alta volatilidade.

Vale a pena, portanto, planejar com cuidado o hedge cambial da sua empresa. Como você viu, ele traz diversas vantagens importantes para a manutenção dos negócios e ampliação da sua margem de lucro ao longo do tempo.

Ficou com alguma dúvida sobre o assunto? Não se preocupe! Entre em contato com a Schutzmann que lhe ajudaremos a entender melhor as oportunidades em hedge cambial para sua empresa!

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